INCONFIDÊNCIAS DE MINAS
Por : Professor Romualdo
Minas da Maria Fumaça,
Que já não passa,
De tantas “gentes”,
Silenciosos, inocentes
Nos vales, em paz,
Coisa que não existe mais.
De interioranos introspectos,
Mineiros completos,
Com seu jeito matreiro,
Sorrateiro,
E suas cidades históricas.
Falo eu de uma Minas
Em suas individualidades divinas,
Para Portugal, Inconfidente,
Mas é reticente
Com sua alma inovadora,
Continuamente transformadora,
Que guarda em seu passado,
Trancado.
A sete chaves
Para muitos, entraves
Que só o mineiro sabe entender,
Testemunho de seu jeito de ser.
Uma Minas que fala,
Que não se cala,
Pois a palavra que silencia, é sua própria rebeldia
E grita com a alma
Em sua inconfundível calma,
Sabendo que sua concordância
Difere em abundância,
Não de erros gramaticais,
Mas de um jeito próprio das Gerais.
É um falar velho, mas novo
De um pacato povo
Que em sua esperteza,
No limiar de sua rara nobreza,
Mostra sua real identidade
E tão distinta coragem,
Que do peito sobressai
Em um precioso “Uai”,
Latino mineiro,
Matreiro,
Que desafia com intensidade
O sonho e a vontade,
E qualquer poder,
Por ideal e prazer,
E que se esconde misteriosa,
Em verso e prosa,
Atrás da Serra do Mar,
Tão aconchegante lar,
Mas que avança
E descansa
Em seus profundos ideais,
E mais,
Falo de uma Minas,
De suas montanhas colinas,
De névoas nas ruas,
Madrugadas nuas
E dos garis incansáveis,
Insaciáveis;
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