URNA ELETRÔNICA : “ASSALTO A DEMOCRACIA !”
Por : Pettersen Fllho
Requinte máximo a que chegamos, desde as primeiras votações e eleições em Praça Publica, em que na Grécia Antiga, eram eleitos os representantes do povo, com votações presenciais, com um simples sim, ou não, quando o Cidadão erguia o braço, ou exibia uma Ostra, assim como eram os julgamentos, como o do próprio Cristo, no Pátio do Palácio de Pilatus, a Urna Eletrônica, invencionice mal intencionada dos Políticos brasileiros, suposta modernidade democrática, diga-se de passagem, renegada pelas maiores democracias do Mundo, EUA, França e Inglaterra, que recusam-se a entregar o Voto Popular a um Auditor do Tribunal Eleitoral, ou a um Técnico em Informática do setor de processamentos, em uma Sala escura ou no Gabinete refrigerado de um Juiz, a Urna Eletrônica, em tempos modernos, das bundas automáticas e robotizadas dos bailes funks, nada contra, Brasil a fora, é, no mínimo, além de um crime lesa Pátria, um profundo desrespeito ao voto popular e ao dito costumeiro de São Tomé: “Ver para Crer”.
Máquina pirotécnica moderna, transistorizada, refrescada por coolers e bitcoins, que em um simples apertar de botão, transmitido em pulso eletrônico, ao vivo e a cores, ou, depositado em memórias chipeadas, são depois traduzidas, nas Oficinas Estatísticas dos Tribunais, ou Fóruns Municipais, afastam, contudo, o Povo, e os Partidos Políticos, enfim, a fina nata da Democracia, do processo apuratório, e das eventuais decisões, remetendo a questão aos Burocratas Togados e Analistas de Sistemas cibernétizados, tornando o seu resultado, se não Inal ditável, pelo menos suspeito ou impopular.
Lembro-me bem, nos anos Oitenta, quando completamente fascinado pelo retorno de Leonel Brizola ao País, e o Educador Darcy Ribeiro, fiquei cerca de quatro horas esperando o seu discurso na Praça da Rodoviária, no Movimento “Diretas Já”, em Belo Horizonte, quando foi resgatada a Democracia no Brasil, e, lembram-se ?, o evento da Proconsult, em que tentaram desviar os votos a ele destinados, no Rio de Janeiro, como Governador, e as horas e horas passadas, por mim, menino ingênuo e crédulo, que já não o sou mais, como Fiscal de Urna do PDT, em Governador Valadares/MG, em troca de um simples hambúrguer, verdadeira Festa Cívica, essa sim, onde as Urnas de Lona, que beleza, lacradas, eram conduzidas pela Policia Militar, e dormiam no Ginásio, veladas pela População, e Fiscais Partidários, em um processo que se arrastava por dias, contados voto a voto, dando conta de o quanto é precioso, e democrático, a participação popular, ora, com a Urna Eletrônica, sodomizada, e jogada as favas...
Não se trata aqui, de modernidade, celeridade ou legalidade, mas sim de fenômeno democrático, Festa Cívico-popular, exercício inalienável do sufrágio, enfim, puro e simples, voto auditável e impresso.
Isso posto, entregaria você Cidadão, cândida e simploriamente, sem nenhum refreio ou destemor democrático, o seu voto a um Juiz Eleitoral, por mais que probo, ou a um Técnico de Informática, como quem assina um cheque em branco, pondo em risco a própria essência da democracia e da soberania popular ?
Eu não. Voto Eletrônico enseja Golpe !
PETTERSEN FILHO, MEMBRO DA IWA – INTERNATIONAL WRITERS AND ARTISTS ASSOCIATION É ADVOGADO MILITANTE E ASSESSOR JURÍDICO DA ABDIC – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DEFESA DO INDIVÍDUO E DA CIDADANIA, QUE ORA ESCREVE NA QUALIDADE DE EDITOR DO PERIÓDICO ELETRÔNICO “ JORNAL GRITO CIDADÃO”, SENDO A ATUAL CRÔNICA SUA MERA OPINIÃO PESSOAL, NÃO SIGNIFICANDO NECESSARIAMENTE A POSIÇÃO DA ASSOCIAÇÃO, NEM DO ADVOGADO.